Friday, March 26, 2010

Saúde sucateada é denunciada em sessão da câmara

www.omsantos.com.br

De www.camarasantos.sp.gov.br:

Pronto-socorros apinhados de gente passando mal, subnotificação de casos, falta "crônica" de leitos e de médicos, equipes de saúde sobrecarregadas, criadouros proliferando pela cidade e tratamento burocrático da questão, limitado a ações tradicionais, embora essenciais, como visitas dos agentes aos domicílios para identificar criadouros de mosquitos. É esse o quadro geral da explosão dos casos de dengue em nossa Cidade, neste final de verão, que a Vereadora Cassandra denunciou na Sessão de 18/3, na Câmara Municipal.

Para a Vereadora, já passa da hora das autoridades municipais adotarem uma atitude mais pró-ativa em relação ao caos sanitário que se instala em Santos. Não basta aplicar o receituário burocrático, "limpando vazinhos", ressalta Cassandra, "isto é necessário, mas não é suficiente". Para ela, "enquanto a orquestra está tocando cha-cha-chá, o prefeito e o secretário de saúde estão dançando em ritmo de valsa".

É triste ver que em uma cidade como Santos, outrora referência nacional em saúde, a situação tenha chegado ao nível que chegou, a despeito do esforço de centenas de servidores que diuturnamente atendem nossa população, sem condições adequadas de trabalho.

Segundo Cassandra, é preciso ousar, sair da letargia, combat er os vetores da dengue com todas as armas disponíveis, cuidar com carinho da população infectada, impedir a proliferação de criadouros de mosquitos e levar informação qualificada à toda a sociedade, para que cada um possa fazer a sua parte.

"Enquanto a orquestra está tocando cha-cha-chá, o prefeito e o secretário de saúde estão dançando em ritmo de valsa".

Propostas

No sentido de contribuir para o enfrentamento da dengue e livrar o município desta visão letárgica de combate à doença, Cassandra apresentou duas indicações ao prefeito, na referida Sessão.

A primeira foi motiva da por reportagem do jornal da VTV, de 17/3, segundo a qual um imóvel abandonado na área central, transformou-se em criadouro de mosquitos e na empresa que funciona ao lado, metade dos funcionários já contraíram dengue.

A Vereadora entende que se o Município já aplicasse o princípio constitucional da função social da propriedade urbana, os proprietários de imóveis abandonados já deveriam ter sido notificados para dar uso aos mesmos, contribuindo, assim, para a eliminação dos criadouros. Portanto, a proposta apresentada foi no sentido de que o prefeito estenda a aplicação da lei municipal que prevê esta notificação, e que até hoje não foi utilizada, para os imóveis abandonados em toda a cidade.

A segunda proposta visa o georreferenciamento dos domicílios dos munícipes com casos confirmados de dengue, para que o Município concentre suas ações de profilaxia nas áreas o­nde há maior incidência desses casos. Este procedimento, que é muito simples, produziu excelentes resultados em outros municípios, como Vitória/ES.

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